Re: The Caravan District

[Luke]

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- Menina! Você não ficou sabendo? - disse a garçonete assim que se aproximou. - Devyn foi levada por aqueles templarios horrorosos! Não sei o que ela fez, mas eles foram até sua loja faz só umas duas horas e a levaram! Dizem por aí que ela era metida com a tal Aliança Velada e por isso foram bater na porta dela. Um escândalo!

- É por isso que eu não estou nem um pouco interessado na proposta de trabalhar para esses templários. Gente muito perigosa - disse o Bardo. O homem pareceu surpreso com as informações dadas pela atendente.

- Sim, perigosa mesmo - devolveu a atendente.

[Cassie]

- Nossa, que horror! Não acredito, a Devyn é uma pessoa tão boa! - apesar de já ter conhecimento disso tudo, pela primeira vez a garota pôde demonstrar ao menos parte de seus sentimentos diante da situação.

"Então é verdade..." - pensou com tristeza. - "O que eu faço agora?"

- Coitada... - disse. - E pra onde que levaram ela, Miranda? - tentou não parecer excessivamente curiosa, mas apenas satisfazendo sua curiosidade diante de uma nova fofoca.

[Luke]

- Verdade, ela costumava vir aqui as vezes para aliviar um pouco os problemas do dia... - a atendente estava tão a vontade que até colocou sua bandeja em uma mesa vazia onde eles conversavam. - Menina, eles só podem ter levado ela para o mesmo lugar que levam todos os criminosos. Ela deve ser interrogada em algum dos escritórios dos templários e então deve acabar sendo banida e vendida como escrava para alguma caravana que esteja deixando Tyr... É um destino bem cruel.

[Cassie]

- Bem, onde há vida, há esperança, não é mesmo? - disse. Começou a pensar se não poderia salvar sua amiga de um destino horrível como escrava. Isso supondo que ela mesma não fosse pega e posta à venda até lá. E a não ser que conseguisse entrar de alguma forma no distrito dos templários e salvá-la antes, o que parecia improvável. - Só me espanta que eles permitam a um membro da Aliança sair vivo... achei que a matariam depois de interrogá-la - comentou.

Depois disso pediu uma bebida para Miranda e ficou conversando sobre música com o bardo, caso ele não falar sobre o assunto da conversa.

[Luke]

(Posso considerar q vc vai ficar conversando com ele até dar a hora de ir encontrar o Locke? Pq felizmente ele já tá saindo da casa)

[Cassie]

(Queria dizer que sim, mas cronologicamente, eu to antes no tempo, to no mesmo dia que a Cassie encontrou o Locke pela primeira vez)

[Cassie]

Cassie terminou seu drinque, pagou a conta e se despediu de Miranda e do bardo, renovando seus votos de sucesso para o último e sua irmã. Ficou pensando se deveria ter mostrado a ele que também sabia unir música à magia, mas depois achou melhor não ter feito. Se ele fosse da Aliança, provavelmente levaria a informação sobre Devyn para frente, se não fosse, estaria se expondo demais.

Saindo da taverna, procurou pela barraca onde Ron havia dito que poderia encontrar Locke e fez o que pôde, embora achasse pouco provável ter alguma chance de encontrá-lo ainda naquele dia. Deixou o recado e voltou para casa, desanimada. Não podia deixar o ladino à própria sorte e também não achava boa idéia se intrometer agora. Entre os dois, ele provavelmente teria mais chance de sucesso em pouco tempo do que ela, que precisaria de um disfarce convincente e poderia ouvir alguns nãos até ter sucesso. O jeito era esperar e confiar. Tanto nele quanto em Devyn. Ao menos sabia agora que não a matariam, então poderia fazer algo sobre o assunto.

Chegando em casa, foi ver como estavam as coisas com Ron e ficou feliz de ver o menino limpo e com as roupas novas que Devyn havia lhe dado. Conversou com ele sobre como tinha sido seu dia e depois lhe mostrou a sala de música. Fechou a porta e começou a conversar com ele sobre música e sobre os instrumentos, lhe mostrando o som dos que havia ali: o tambor, o piano, o violoncelo, a lira, o violão e por último o violino.

- Esse é meu preferido... - comentou, com os olhos brilhantes e um sorriso contido e começou a tocá-lo. Fechou os olhos e apenas se deixou levar pelo o que o seu coração sentia desejo de tocar naquele momento. Sorriu quando a música que saiu foi a um de seus compositores favoritos.

"Sibelius..." [Recomendo ouvir a musica antes de continuar lendo.]



Interrompeu-se após tocar o trecho e olhou para Ron como se tivesse acabado de despertar de um sonho. Pigarreou e então disse:

- Bem Ron, é com isso que quero sua ajuda. Cuidar dos instrumentos, me ajudar a carregá-los quando houver apresentações e, se você quiser, posso te ensinar também. Quem sabe, a gente pode até tocar juntos no futuro - sorriu. - Mas se não se interessar por isso, não tem problema. Só me ajudar com as coisas práticas já está ótimo.

Passou um tempo dando atenção ao garoto e ensinando-lhe coisas, depois apresentou-lhe para sua prima que recebeu o menino com entusiasmo, como a tudo mais que fosse relacionado à música de Cassie. No fim do dia, se despediu dele e disse:

- Amanhã nosso dia começará cedo, então não durma muito tarde, está bem? E se precisar de alguma coisa não fique envergonhado de bater no meu quarto, eu não me importo.

Seguiu para seus aposentos e olhou para a mochila cheia dos pertences mais importantes. Depois sentou-se e escreveu duas cartas, uma para seus pais e outra para Yoren, contando de maneira amena sobre os últimos acontecimentos, sem entrar em nenhum detalhe comprometedor. Não lacrou nenhuma e se deteve por um tempo, olhando a carta para o bardo, mas balançou a cabeça e foi deitar-se e tentar dormir.

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