Re: The Caravan District

[Cassie]

- Oh, mil perdões meu senhor, meu aprendiz às vezes não olha por onde vai - disse respeitosamente, fazendo uma reverência obsequiosa com a cabeça. O menino não havia aceitado ainda, na verdade não havia conseguido nem falar com ele sobre a sua idéia, mas na sua imaginação já conseguia visualizá-lo assim. - Vamos rapazinho, eu sei que você queria ir no mercado agora, mas acho melhor a gente almoçar primeiro e esperar o sol baixar - estendeu a mão para o menino e olhou para ele com um olhar de "por favor, concorda e vem comigo".

Cassandra rolls a Diplomacy check - para convencer o Ron (caso se aplicar)

[Luke]

O garoto parecia muito assustado e, ao invés de fitar os olhos ou o rosto do templar, Cassie notou que Ron tinha os olhos fixos na insígnia e ele não mostrou resistência quando a jovem tentou levá-lo.

- Não se preocupe, essas coisas acontecem - o templar olhou para Ron. - E a senhorita devia tratar melhor o seu aprendiz. O garoto está bem assustado, pelo visto lhe aprontou alguma, não é?

[Cassie]

- Não, senhor - discordou respeitosamente. - Fui eu apenas que fiquei de cabeça quente e acabei sendo um pouco dura de mais com ele - explicou, olhando o menino com afeto e ao mesmo tempo dando uma explicação para a cena que o público, talvez até o próprio templar, poderia ter visto. - Enfim, não queremos tomar mais do seu tempo. Muito obrigada pela compreensão, senhor - fez novamente uma reverência e aguardou caso ele quisesse dizer algo. Em caso dele não dizer, vai virar-se e levar Ron pela mão de volta a sua casa.

[Luke]

- Senhor! Até que enfim o encontrei! - pelos trajes, o homem que tinha acabado de chegar também era um templar, mas obviamente de patente mais baixa. - Conseguimos prender a mulher sem problemas.

- Bom - respondeu o templar ao recém chegado. Em seguida, se voltou para Cassie. - Com licença, senhorita, assuntos oficiais me chamam, um bom dia para vocês - e depois se voltou para o outro templar, não se importando em manter qualquer sigilo. - E o que encontraram na loja?

- Somente roupas, chapéus e outras mercadorias - respondeu o subordinado.

- Ainda assim, leve-a para interrogatório. Essa Aliança parece ter membros em todo lugar, vamos ver o que descobrimos com essa - disse o templar de maior patente e então os dois se afastaram na direção do Merchant District.

[Cassie]

Cassandra fez um movimento educado com a cabeça e se virou de volta para sua casa, quando ouviu o resto da informação. Sentiu como se tivesse levado um soco. Seu rosto ficou pálido e sentiu as pernas um pouco fracas, mas aguentou firme.

"Calma... respire e se controle."

- Esses templares me assustam... - comentou com Dabir e Ron sem passar pelo portão, virando-se um pouco para acompanhar os templares com o olhar. - Uma vez, quando eu era criança, vi um deles matando várias pessoas... mataram até o meu bicho de estimação na confusão, usando seus poderes horríveis . Era só um filhotinho ainda... - na sua voz um misto de indignação, horror e tristeza.

Antes que eles pudessem virar alguma esquina, projetou sua audição para ouvi-los. Talvez pudesse recolher alguma outra informação importante. Além disso, aquela história estava esquisita e conveniente demais.

Cassandra uses Far Hearing

Após recolher qualquer fala que pudesse, virou-se para Dabir novamente.

- Você já viu aqueles templares rondando por aqui antes, Dabir?

[Luke]

- Esses homens... Eles mataram meus pais - disse Ron, e depois as lágrimas começaram a cair de seu rosto com mais intensidade. O garoto tentou conter as lágrimas, mas elas continuavam a correr sem parar, não importava o quanto ele tentasse limpá-las com as mãos.

Os homens partiram dali sem revelar mais nenhuma informação para Cassie.

- Não com frequência, senhorita. Só posso sugerir que o homem deve ter vindo visitar alguém - disse o serviçal.

[Cassie]

- Obrigada, Dabir - agradeceu rapidamente e puxou Ron pela mão para dentro da residência.

- Shhh... tá tudo bem - falou com carinho, parando o menino no meio do caminho e se abaixando para ficar na altura dele - Às vezes a gente tem que chorar mesmo - tirou o véu e começou a secar as lágrimas dele com o tecido. - Eles mataram uma pessoa que eu amava muito também, às vezes a gente precisa chorar pra dor ir embora ao menos um pouquinho... - falava baixo, com compreensão e tristeza, e ficou assim, secando as lágrimas do garoto com o véu até ele se acalmar um pouco. Depois deu um abraço longo e apertado nele.

- Gosto muito, muito de você, Ron. Pode contar sempre comigo, tá? - disse, soltando-o do abraço e olhando-o com olhos gentis.

[Luke]

- Obrigado, Cassie - disse o garoto secando as lágrimas que restavam, agora mais calmo. O garoto continuou abraçado a ela. - O rei devia mandar matar todos esses monstros!

[Cassie]

"O Rei era um desses monstros..." - pensou.

- Certo, certo, você tem direito de pensar assim, mas não saia falando isso por aí que pode ser muito ruim para você, combinado?

Olhou em volta para a confusão de roupas espalhadas.

- Agora, que tal me ajudar a recuperar suas roupas? - sorriu, pegou uma das peças e deu uns safanões para tirar a poeira. - Como eu queria te dizer antes... estou precisando de um assistente e achei que você seria um ótimo candidato ao trabalho. Não é nada demais, só me ajudar a carregar coisas por aí e coisas assim. O que você acha? - perguntou num tom alegre. Seu íntimo, contudo, estava nebuloso. Precisava ajudar à Devyn, mas não sabia como. Seguir os templares logo depois de um deles chegar tão perto da sua casa era arriscado. Tinha quase certeza que aquilo não tinha sido nenhuma coincidência.

[Luke]

- Eu sei disso... Eu já vi o que eles fazem com as pessoas e não quero que o mesmo aconteça comigo - disse Ron. O garoto liberou Cassie do abraço e olhou a bagunça em volta, recolhendo algumas roupas. - Tudo bem, é mais seguro do que ganhar dinheiro pelas ruas, não é?

[Cassie]

- É sim, com certeza! - balançou a cabeça veementemente. - Que bom que você aceitou! Fico contente! - sorriu.

Terminou de pegar os outros itens no chão em silêncio, pensando no que fazer em relação à Devyn e no que Ron havia lhe contado sobre os pais também. Ficou pensando o motivo que trouxe a ira dos templares até os pais dele... o que não era nada difícil e incomum, Kalak vivo ou não.

- Faz muito tempo que você ficou sozinho, Ron? - perguntou com cuidado, atenta às emoções dele. Não tinha intenção de entristecê-lo ainda mais com suas indagações, então se ele parecesse muito perturbado não continuaria. Mas se percebesse que o menino não se sentia mal em conversar, faria outras perguntas sobre o assunto.

(Como a coisa anda meio devagar, vou colocar as perguntas aqui pra gente não perder tempo Luke... se o Ron não se importar de falar, a Cassie vai perguntar:

1) o que os pais dele faziam / quem eram os pais dele
2) se ele sabe pq os templares pegaram seus pais ou o que se lembra do ocorrido
2) se alguém ajudou ele durante esse tempo ou como ele se virou sozinho)

[Luke]

- Acho que tem uns dois anos que já estou vivendo nas ruas... - O garoto pareceu não se importar com a pergunta e respondeu enquanto arrumava as roupas. - Meus pais tinham uma barraca onde vendiam coisas. As vezes era comida, outras vezes roupas. Lembro que já venderam bichos, pedras... Vendiam o que conseguiam negociar.

- Não sei o motivo, mas um dia os templários vieram e levaram meus pais da nossa casa... Minha mãe me fez fugir da casa antes que eles conseguissem me encontrar também e desde então não voltei mais para lá e vivi com o que consegui nos mercados, as vezes trabalhando e outras vezes roubando - o menino não falou nada disso com vergonha. Pelo visto tinha encarado o roubo apenas como uma chance de sobreviver.

[Cassie]

Cassie ouviu com atenção, assentindo com a cabeça em alguns momentos. Também encarou com naturalidade o fato de Ron ter roubado. Quem era ela para não dizer que não roubaria na mesma situação? Além disso, já havia reparado que sempre que podia o menino procurava ganhar dinheiro honesto. Se ele tivesse má índole estaria sempre vivendo do roubo.

- Bem, que tal eu te apresentar pro resto da casa e você experimentar essas roupas? Assim a gente já vê se precisa de algum ajuste, certo? - perguntou no tom alegre costumeiro. - Ah, uma coisa - parou no caminho e voltou-se para ele. - Você sabe onde o Locke fica a essa hora do dia?

Após ouvir a resposta, entrou na mansão e apresentou Ron para os outros empregados, explicando brevemente qual seria sua função: ser seu assistente pessoal e ajudá-la com os instrumentos e os concertos. Depois providenciou comida e água para ele e fez arranjos para que uma das criadas lhe providenciasse um banho mais tarde (ou sei lá o que o pessoal faz pra ficar limpo num mundo desértico o/) e o ajudasse com as roupas, caso elas precisassem de ajustes.

- Minha prima é dona dessa casa. Ela não está aqui agora, mas eu te apresento apropriadamente quando ela voltar. Agora preciso sair e resolver algumas coisas e vou te deixar aqui por enquanto. Qualquer coisa que você precisar ou qualquer dúvida pergunte a algum dos criados... a Nadia, principalmente, é bastante boazinha e acho que ela já gostou de você - cochichou essa última parte ao ouvido dele, se referindo a uma das criadas mais novas a quem já tinha incumbido de ajudar o menino.

Pediu licença e foi para o seu quarto, onde fechou a porta. Só então começou a dar sinais da sua inquietude interior. Andava em círculos, pensando no que fazer, ao mesmo tempo que punha sobre a cama sua espada e seu escudo, envolvidos por tecidos simples, além de outros objetos que julgava como possivelmente necessários.

"Devyn... o que eu faço? Nem você nem Yoren nunca me disseram o que fazer numa situação dessas... Fugir é o caminho mais seguro, mas aí é te deixar para a morte certa. Te salvar... mas como?"

Começou a limpar o rosto e o pescoço com uma toalha úmida para afastar o calor e prendeu os cabelos num coque firme e simples no alto da cabeça.

"Aquele templar provavelmente me seguiu. É possível que já estivessem de olho na Devyn e tudo aquilo de ficarmos a portas fechadas tenha chamado atenção e ele resolveu me seguir para ver o que descobria. Ou isso ou foi uma coincidência extremamente estranha. Por causa do véu, provavelmente não pôde ver minha fisionomia muito bem... mas preciso trocar de roupa no mínimo. De qualquer forma, se minha primeira teoria estiver certa, ele vai passar a ficar de olho em mim, mesmo que já não descubra nada agora."

Olhou para a armadura sobre a cama e umas vestes leves, próprias para o calor.

"Se eu não puder salvar a Devyn, tenho que ao menos fazer algo a respeito dos Shom... talvez voltar ao meu plano original e tentar entrar na casa agora mesmo? É perigoso deixar Locke seguir com o plano havendo o risco dos templares descobrirem a informação antes. Nós três estamos em perigo" - se referindo a si mesma, o ladino e Ron.

"Eu precisava saber onde estão prendendo ela... provavelmente no Distrito dos Templares... o Norte, se foram na direção do Distrito dos Mercados. Posso me passar por uma empregada? Teria que usar todos os talentos que tenho pra mentir..."

Optou por vestir a roupa leve e colocou a armadura na mochila, junto com maquiagem, uma peruca preta, os óculos que ganhara da Devyn, um vestido de empregada que surrupiara do varal, entre outras coisas que julgou necessárias. Cobriu a cabeça com o chapéu que recém-adquirira, encheu o cantil e pegou seu violino. Olhou bem para a espada e o escudo e não soube o que fazer com eles. Por um lado se sentia mais segura, por outro não tinha onde colocá-los caso tivesse planos melhores que não envolvessem violência.

Suspirou e prendeu a espada embainhada no quadril e prendeu o pequeno escudo - envolvido no pano - na parte externa mochila com ajuda de uma cinta. Escondeu uma adaga na bota e se cobriu com um manto grande e largo, de cor clara para refletir o sol, que disfarçava a espada. O violino levava num estojo e carragava na mão. Cobriu a cabeça com o chapéu para proteger a cabeça e esconder o cabelo e resolveu que iria ao Inix Dourado primeiro. Se Devyn fora realmente capturada, certamente a notícia havia chegado até lá e poderia obter algumas informações de forma discreta.

"E quem sabe não descubro algum outro agente da Aliança tentando obter notícias como eu?" - ponderou.

Por fim, saiu com pressa pela porta da frente, evitando os outros habitantes da casa e partiu em direção ao Distrito Caravana. No fundo do seu coração sentia que talvez aquela tinha sido sua casa pela última vez.

[Luke]

- Não sei - respondeu Ron, se referindo ao paradeiro de Locke. - Quando fui procurar por ele, perguntei na barraca que nos encontramos da primeira vez e parece que alguém de lá entrou em contato com ele.

O garoto se comportou bem enquanto era apresentado a casa e corou quando Cassie fez referência a uma de suas criadas.

(Se não me engano, o "banho" é feito com areia, igual passarinho faz haha
Bom, vou fazer um post d novo amanhã com vc chegando na taverna)

[Cassie]

- Que barraca era essa, Ron? - perguntou.

[Luke]

- Uma mercadora elfa, não me lembro o nome dela, mas ela vende tendas e outros artigos para viagem no deserto. Sua barraca fica no distrito das caravanas, não tem como errar! - disse o garoto, enquanto a jovem saía para a rua movimentada do distrito dos nobres.

Em seu caminho para a via das caravanas, Cassie não teve mais problemas com templários nem nada do tipo. A jovem conseguiu chegar tranquilamente na frente da taverna Inix Dourado e notou que o ambiente estava um pouco estranho.

Do lado de fora ela conseguia ouvir uma bela música sendo tocada em um violão e também alguns "clac clacs" que acompanhavam o ritmo da música. O que ela não conseguia ouvir era o som de vozes que normalmente se ouve até mesmo do lado de fora de uma taverna.

Ela abriu a porta com cautela e viu que lá dentro estava acontecendo uma apresentação de dança. Uma mulher lindíssima fazia os "clacs" que ela ouvia do lado de fora com alguma coisa que segurava nas mãos e fazia isso enquanto dançava passando pelas mesas, hipnotizando a todos e deixando boqueabertos os homens mais próximos dela.

A dança da mulher era incrível e só quando a música e a dança pararam no mesmo momento que Cassie e a platéia conseguiram falar e se mover novamente, mas o primeiro movimento foi uma série de aplausos que pareceu durar vários minutos.

Do jeito que a música e a dança atraiu a atenção do público e dela mesma, Cassie logo supôs que um dos artistas ou ambos eram praticantes de magia arcana, assim como ela.

[Cassie]

Cassie assustou-se por um momento, ao perceber como fora praticamente hipnotizada pela apresentação quando havia tanto o que fazer e tanto com o que se preocupar. Devia ser assim que as pessoas se sentiam quando ela era mais nova. Ainda assim, não conseguia deixar de se encantar pela apresentação e sentir uma pontadinha de inveja pela moça que sabia se movimentar tão maravilhosamente e atraía a atenção de todos.

Sabia que era bobagem e um sentimento pequeno, mas não conseguia evitá-lo, sentindo-se um tanto sem graça com suas roupas largas e avaliando o jeito como andava ou se portava. Sua mão coçava, querendo tocar o violino e mostrar como ela também podia ser impressionante, mas conteve-se e se pôs a fazer coisas mais importantes. Tentou puxar da memória se já ouvira algo sobre uma dança assim e depois começou a analisar os padrões arcanos na sala, tentando identificar de onde e de quem eles poderiam ter partido. Também procurou avaliar as expressões dos artistas e se eles pareciam residir em Tyr ou serem viajantes.

"Seriam eles membros da Aliança?" - pensou, com uma pontada de esperança. Gostaria muito que sim.


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[Luke]

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Cassie não se lembrou de nenhuma dança parecida com aquela da apresentação da mulher. Também não lhe ocorreu nenhum lugar de onde os dois pudessem vir, mas algo que notou com precisão foi que a dança não tinha nada a ver com o encantamento, mas sim a música.

Enquanto a mulher agradecia os aplausos, o bardo manteve seu rosto baixo, escondido por um chapéu. Cassie só podia ver o sorriso do homem enquanto ele parecia afinar as cordas de seu violão.

(Eu bolei aqui quando apareceu 1 e depois 20 haha)

[Cassie]

Ao notar o bardo, Cassie também sorriu discretamente, divertida. Talvez a dançarina sequer soubesse que mais da metade do seu sucesso estrondoso tinha sido a música. O momento de inveja passou depois disso e se sentiu orgulhosa das próprias habilidades.

Aproximou-se do homem de um jeito tranquilo e foi cumprimentá-lo:

- Uma bela música... - depois estendeu a mão quando ele lhe deu atenção - Cassie. Posso lhe pagar uma bebida como agradecimento por uma performance tão generosa? - seus modos eram graciosos e amáveis como sempre. O "generosa" não fora dito de um jeito irônico ou sequer enfatizado, mas se ele fosse perspicaz, e provavelmente era, talvez entendesse o duplo sentido.

Procurou observar atentamente as reações dele, inclusive à menção ao seu nome. Se ele fosse alguém envolvido com a célula local talvez já tivesse ouvido falar dela. Se não, nada de mais. Ela era uma musicista, as pessoas não achariam estranho que ela cumprimentasse um colega da profissão.

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[Luke]

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As atenções depois da apresentação foram mesmo para a bela dançarina, o que deixou o bardo isolado para que Cassie pudesse conversar tranquilamente com ele, que a cumprimentou beijando sua mão.

- Obrigado pelo elogio, senhorita. Uma bebida seria desnecessária, pois seu elogio já me deixou muito feliz. Só recomendo que também elogie a dança de minha irmã, ela toma os elogios como real pagamento - completou o bardo, sorrindo para Cassie.

O homem parecia realmente grato com o elogio da jovem e não pareceu notar nada demais com o nome dela.

(Assim, não sei se ficou claro, mas o sorriso não foi pra Cassie, ele só sorriu enquanto afinava o violão, meio que satisfeito com a performance)

[Cassie]

- Sim, ela é excepcional! - concordou e sorriu, olhando para a moça e escondendo sua decepção. - Mas o que seria da dança sem a música, não é mesmo? - Pelo o que via era só um bardo usando um pouco de magia para se certificar de que a apresentação fosse um sucesso. Talvez tivessem vindo de longe e achassem que o fato de Tyr ser a "cidade livre" significasse que o uso da magia fosse menos vigiado. - Vocês são viajantes? Nunca tinha visto uma dança como essa antes... - comentou. Esperaria a resposta educamente, mas em seguida voltaria ao seu plano original.

[Luke]

- Não, nós somos de Tyr. Minha irmã e eu deixamos a cidade com nossos pais ainda crianças, na época em que o rei Kalak ainda reinava. Só voltamos a Tyr três anos depois de ele ter sido deposto. Mas somente a alguns meses nós começamos a nos apresentar nas tavernas. Não sei se seremos contratados por alguma Casa, mas estamos começando... - O homem parecia muito satisfeito com sua trajetória. - Esses dias um templário até nos convidou para uma apresentação privada, mas fico com receio de me envolver com esse tipo de gente. Eles sempre foram perigosos.

[Cassie]

Cassie assentiu.

- Tem razão em ter cuidado, principalmente com uma irmã bonita como a sua, é perigoso ficar a mercê de pessoas tão poderosas e inatingíveis quanto eles - falou seriamente, mas de forma gentil. - Bem, eu desejo toda a sorte para vocês. Tenho certeza que logo serão contratados sendo tão habilidosos - sorriu amavelmente. - Aliás, como se chamam e onde moram? Caso eu souber de algum nobre ou mercante interessado em contratar artistas, posso indicar vocês.

Enquanto falava, Cassie ficou se perguntando se o músico sabia que estivera usando magia; ele parecia tão inocente e ela mesmo não soubera um dia. Tentou se lembrar se parecia que ele estava usando magia corruptiva ou se parecia seguir o caminho dos preservadores, como ela e outros membros da Aliança.

Cassie makes an Arcana Check (?)

[Luke]

Cassie Rolls 27 (17) on Arcana Check

- Obrigado pelo incentivo, senhorita - disse o bardo, sorrindo. - Por favor, apareça novamente em algum dos próximos dias e cantarei uma música em seu nome.

Pelas suas observações, Cassie podia ter certeza que o bardo sabia o que estava fazendo, porém, o tipo de magia que ele usou não parecia causar danos, então ela podia certamente classificá-lo como um preservador, até que se prove o contrário.

(Não sei se isso ficou claro, mas mesmo um preserver pode usar uma magia defiling, só faz parte da filosofia deles não recorrer a isso)

[Cassie]

- Tentarei, obrigada - sorriu.

"Ele não disse seu nome... pode ter sido por acaso, mas estou achando que ele simplesmente é um bocado escorregadio. Bem, última tentativa..." - pensou, vendo Miranda, a garçonete que costumava atende-la, passando.

- Com licença - disse a ele e gritou: - Miranda! - fez sinal para a moça e aguardou sua aproximação ao lado do bardo sem nome.

- Bom dia - falou amistosamente. - Por acaso a sehorita sabe se a Devyn da loja de roupas está de portas abertas hoje? Precisava levar algumas peças para ajustar mas não queria perder a viagem nesse calor... - perguntou e se programou para observar a fisionomia do bardo caso a resposta de Miranda fosse negativa como ela esperava.

Cassie rolls Bluff
Cassie rolls Insight

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