Re: Relatório ao Capitão (Todos)

[Sven]

As palavras de Syed fizeram o anão paralizar, atordoado por mais alguns instantes. Pensou nos cortes nos pulsos do sargento morto, no corte da mão de Bedlar, quando o havia visto na cozinha e na quantidade de sangue no chão. "Não, isso não do feitio de Bedlar. Ou isso foi parte do tal ritual que fizeram com ele, ou este corpo não é o Bedlar", pensou - Talvez este corpo não seja realmente o Bedlar - falou, olhando para Syed - Acho melhor levá-lo a Joan ou a Aaron, para que os dois dêem uma olhada.

O anão endireitou novamente a postura e olhou de volta ao capitão - Capitão - disse, com uma pausa - caso este seja mesmo Bedlar assassinado, eu gostaria de pedir que meu sargento fosse enterrado com as honras que lhe diziam respeito. Honras de sargento, e não de um descascador de batatas. - completou, com um olhar sério, como se estivesse fazendo um juramento - Estou disposto a pagar a desonra do sargento com meu nome, se for necessário.

[Saya]

- Pelo jeito esse pingente lhe informa sobre o bem-estar de sua filha... - comentou, após observar os comportamentos do capitão. - Bom, se o senhor está tranquilo, não sou eu quem vai sair correndo atrás dela. Por mais que eu queira encontrar essa bruxa, eu também não sou suicida. - Para confirmar sua posição, sentou-se calmamente com Freya numa das cadeiras da sala. Depois acrescentou - Contudo, gostaria de fazer parte do grupo que for resgatá-la. Além de ser uma guerreira competente, tenho meus próprios interesses nessa situação, como o senhor bem sabe.

- Agora, quanto ao poder da bruxa, - acrescentou - não acredito que o que aconteceu hoje possa ser totalmente um reflexo do que ela é capaz de fazer. Sinceramente, sua guarda deixou muito a desejar. Um dos guardas na frente da casa sequer entrou para me ajudar enquanto eu enfrentava os monstros no seu hall, sozinha e de camisola. E eu realmente duvido que algum deles seja capaz de explicar como aqueles monstros, ou mesmo Bedlar, entraram lá. Para completar, não vi sequer um demonstrar interesse ou preocupação pela recuperação da sua filha. São um bando de covardes ou desleixados - olhou firme para o capitão, sem se incomodar em dizer a verdade sobre os soldados sob sua responsabilidade. Depois voltou sua atenção para Freya, enquanto os demais faziam suas colocações.

[Dryden_Kyou]

Syed corre o olhar em todos os presentes enquanto nenhuma outra colocação for feita

[Luke]

- Você nem precisa pedir por isso, Sven. O sargento Bedlar será enterrado com todas as honras que merece - disse o capitão, chamando Bedlar de sargento pela primeira vez durante aquela conversa.

- Sim, Saya - disse o capitão, se voltando para a jovem. - Depois que minha esposa faleceu, achei que isso seria apropriado para que eu pudesse manter minha pequena em segurança.

- E falando em defesa de minha guarda, aqueles soldados protegem minha residência como mera formalidade, como parte do regulamento da milícia, tanto que realmente destaquei os piores soldados para tal função, desejando que eles ao menos não causassem problemas - e depois o capitão voltou seus olhos para o documento que tinha em mãos, já assinado e marcado com seu selo, que logo estendeu para Saya.

- Infelizmente não acho que vocês devam permanecer aqui por mais tempo. Essa, inclusive, é uma boa oportunidade para levar Freya da cidade enquanto essa tal bruxa está ocupada achando que conseguiu capturar a criança certa - disse o capitão, enquanto encostava as costas na cadeira. - Não acho que é uma ação muito apropriada para se tomar, mas eu acho que seria bom vocês descobrirem mais sobre Freya, começando por Marsember, de onde ela foi trazida. Essa carta é endereçada ao chefe da guarda da cidade, solicitando apoio para vocês enquanto estiverem lá. Ao menos essa é a minha melhor sugestão. O que me diz?

(Huahahaha Quinn incluído na história por ser um soldado beberrão e causador de problemas)

[Saya]

Saya não conseguia deixar de se espantar com o sangue frio do capitão. Sua filha estava em perigo e ele estava ali, sugerindo que aproveitassem a situação para ajudar uma criança que nada tinha a ver com ele. Fora a história de escolher os piores soldados para proteger sua casa... não sabia se o achava um soldado honrado ou um pai relapso, se o admirava muito ou se ficava incrédula com o comportamento dele.

Com essa confusão de sentimentos, pegou a carta. A sensação de que mais uma vez estaria se afastando do seu objetivo inicial fazia o papel pesar em sua mão, mas vendo Freya em seu colo, olhando-a cheia de confiança, não conseguia simplesmente se afastar como se não fosse com ela, como se fosse o problema de outra pessoa.

- Está bem - finalmente disse. - Farei como o senhor sugere. Mas caso tenha alguma novidade relativa à minha caixa ou ao mapa, por favor, me informe.

Começou a se levantar quando lembrou: - Ah, poderíamos contar com algum transporte? Aliás, tem alguns cavalos de sua casa que eu e Syed deixamos no pátio...

Mesmo que o capitão não providenciasse cavalos para eles, Saya decidiu que tentaria arrumar alguns para si e Syed e Sven, caso viessem. Mesmo que não tivesse o dinheiro, talvez poderia negociar e resolver o pagamento em Marsember, com a ajuda de sua família.

[Sven]

Sven respirou aliviado ao ouvir as palavras do capitão. Entretanto, nada disso mudava o fato de que Bedlar estava morto, até que se provasse o contrário. Infelizmente, sua cara novamente se fechou ou ouvir o relato sobre a missão de ir a Marsember apenas para descobrir a origem da criança esquisita. para o anão, a única coisa que importava era ir atrás da maldita bruxa e arrancar respostas na base do ferro, além de colocar um fim em todos os envolvidos na morte de seu sargento. Não concordava nem um pouco com a idéia de perder tempo enquanto os assassinos de seu sargento ainda andavam e respiravam, mas como não sabia nada sobre a suposta bruxa e seus verdadeiros interesses, resolveu que talvez fosse a atitude mais sábia, mesmo que contrária a seus impulsos. "A esta altura do campeonato, os malditos podem estar em qualquer lugar. E desde que tenhamos a garota, os cretinos virão até nós", pensou.

- Capitão, não acredito que deveríamos passear em Marsember enquanto os assassinos de um sargento da milícia de Gray Oaks caminham sobre as próprias pernas - respondeu - No entanto, devo admitir que não posso correr pela floresta gritando e esperando que os desgraçados apareçam para um piquenique. O que eu ainda não compreendo... - o anão pausou por um tempo e olhou o corpo de Bedlar enfaixado, deixando escapar uma raiva que o fez trincar os dentes por alguns instantes antes de poder continuar - É que estavam atrás apenas da pequena, porquê o sargento Bedlar, que estava na cozinha descascando batatas, estava incluso nos planos. Acidente? O sargento encontrou algo no depósito que não deveria ter encontrado? Ou simplesmente o tomaram como culpado da investida que fizemos no campamento dos bandidos, que resultou na captura da criança. Reforço que não estou feliz com a missão, mas minha outra alternativa não possui chance alguma de sucesso. Quanto a garota, acredito que ela deva ser deixada conosco. Primeiro porque, pelo que pude, notar, ela não se entende com ninguém além da forasteira - apontou o olhar a Saya - e em segundo lugar, onde a garota estiver, haverá encrencas, e onde houver encrencas com aqueles malditos, é onde eu gostaria de estar. O capitão acha mesmo seguro deixar a criança com guardas comuns? - perguntou, antes de perceber que havia falado por demais e resolveu finalizar - Perdão capitão, gostaria de solicitar um tempo com Joan e Aaron para que verificassem o corpo do sargento Bedlar.

O anão endireitou a postura mais uma vez, fez um gesto com a cabeça, já que não podia usar as mãos para fazer a posição de sentido e bateu os pés pedindo permissão para se retirar.

[Dryden_Kyou]

Syed permnece observando a reação do capitão após a opinião de Sven

[Luke]

- São boas observações, Sven. Acredito que essa bruxa não deixará de procurar por Freya e, quando vocês encontrarem seus agentes novamente, espero que consiga a resposta que procura.

- Só não entendi o que quer dizer com guardas comuns - o capitão se levantou e foi na direção deles. - Eu sempre considerei vocês três como um dos melhores soldados a minha disposição e, além de uma grande perda como pessoa, o sargento Bedlar também foi uma grande perda para a milícia.

- Eu esperava que o sargento aprendesse mais sobre humildade e que também refletisse sobre suas ações, quando colocou vocês três em perigo invadindo um acampamento de bandidos... - o capitão então caminhou até a Saya e a pequena Freya e fez um carinho na cabeça da criança. - Ter saído vitorioso de tal ação só teria deixado o sargento ainda mais imprudente no futuro e vocês acabariam pagando com suas vidas, como já vi acontecer antes.

- Jamais me passou pela cabeça que ele poderia ter sido assassinado do jeito que foi - disse, se voltando para Sven. - Eu levarei acompanharei o corpo de Bedlar para o templo, Joan, Aaron e Quinn têm uma missão importante pela frente, mas deixarei o sargento sob cuidados de alguém em quem confio.

- E não se preocupe, Saya - disse, se voltando para a jovem. - Vocês podem levar os cavalos. É bom que usem o resto da noite para prepararem suas coisas e partirem ao amanhecer.

[Saya]

Saya assentiu com a cabeça e disse:

- Obrigada, capitão. Espero que encontrem sua filha em segurança. Ela foi uma grande amiga para Freya enquanto estivemos em sua casa, é uma boa menina.

Guardou a carta com cuidado entre seus pertences. Em seguida, levantou-se e pôs Freya no chão, dando a mão a ela.

- Vamos, Freya - falou, voltando a usar o élfico dessa vez. O uso da língua fez a sentir um breve aperto no peito. Pensou em seu pai e percebeu que sentia saudades da sua família mais do que nunca. E talvez saudades de quando as coisas eram mais simples, quando suas idéias de aventuras pelo mundo não envolviam perigo de vida para crianças inocentes.

- Vou aguardar os senhores lá fora, com licença - acrescentou em comum e dirigiu-se para o corredor.

[Dryden_Kyou]

Acreditando que não há nada mais que tratar com seu superior por hora, Syed cumprimenta silenciosamente seu Capitão (por meio de uma continência, ou algo similar) e segue Saya

[Saya]

Aproveitando que Syed a seguiu, já no corredor Saya se dirigiu a ele:

- Syed, preciso conversar uma coisa com você, em particular.

[Dryden_Kyou]

- Sou todo ouvidos, pode falar quando achar apropriado - Diz Syed ao encontrá-la do outro lado da porta

[Saya]

A meio-elfa fez sinal para que Syed a seguisse enquanto procurava um banco no corredor. Assim que o encontrou, colocou Freya sentada. Fez carinho em seu cabelo escuro e deu um beijo em sua testa e, em seguida, virou-se para o feiticeiro e falou baixo:

- Preciso conversar com você sobre algo que aconteceu na casa do capitão, mas por enquanto prefiro que não comente com ninguém - olha-o seriamente. - Quando fui para o corredor checar o quarto de Leyria para ver se Freya não estaria lá, dormindo com ela, encontrei aqueles monstros. Eu estava sem armadura... mas do nada essa armadura que eu estou usando apareceu. E quando encontrei Freya no armário, minha armadura estava lá dentro, junto com ela - pausou por um momento, para que ele processe a informação. - Se você puder, gostaria que checasse se essa armadura tem algo de diferente de uma armadura comum...

[Dryden_Kyou]

- humm... interessante - Disse o feiticeiro coçando seu queixo com ar de interesse. - claro que ficará entre nós até você decidir o contrário... Mas

- ...sabes de alguém em especial que lhe enviaria algo do gênero num momento crítico destes? - diz com um sorriso de canto de boca frisando o "alguém em especial" obviamente sugerindo um possível relacionamento

Antes de receber uma resposta, sorri como se fosse uma noite normal e logo começa à analisar a armadura em busca de encantamentos ou outras características similares.

Syed Makes an Arcana check

[Saya]

Assente séria com a cabeça:

- Não sou nenhum gênio, mas sei somar dois mais dois...

[Sven]

As palavras do capitão aliviaram a raiva e a tensão de Sven, mas não foram capazes de consolá-lo. Precisava saber o que, de fato, aconteceu com o sargento e fazer os responsáveis pagarem caro. "Ao menos ele terá o funeral que merece", tentou, também sem sucesso, consolar a si mesmo.

- A respeito disso, capitão, já relatei que a culpa foi minha. Eu fui impaciente e decidi dar uma sova nos malditos que tentaram nos matar enquanto bêbados e desprevinidos. E se tentaram conosco, com certeza já haviam conseguido com outros. Só não imaginava que existiriam bruxas, crianças, fantasmas e toda essa porcaria - respondeu - Quanto a Bedlar, gostaria de levá-lo eu mesmo. Eu PRECISO saber se este é mesmo o sargento e como diabos foi que ele morreu - finalizou, enfatizando o "preciso" e olhando mais uma vez para o corpo enfaixado - Quem devo procurar?

Após a resposta, caminhou e dirigiu-se ao templo.

[Luke]

- Como quiser. Procure pelo sacerdote Pycelle, ele é o responsável pelo templo de Amaunator. Ele já é bem idoso e, pela hora, deve estar dormindo, mas certamente algum dos sacerdotes irá te receber - disse o capitão, indo para trás de sua mesa.

- Peça esse clérigo que cuide do corpo e descanse um pouco no templo até Pycelle aparecer. Não se preocupe, o sacerdote costuma acordar bem cedo - concluiu.

Do lado de fora, Syed gastou algum tempo analisando a armadura e compreendeu que ela tinha mesmo propriedades mágicas (Pelaurum Armor +1).

[Dryden_Kyou]

Terminando a avaliação, Syed vira para sua companheira dizendo

- Saya, sua armadura realmente ela possui propriedades mágicas... ela parece ser ideal contra fogo e efeitos luminosos. Ainda bem que não era o Bedlar com esta armadura, ou aí sim eu realmente teria SÉRIOS problemas. - sorri ao término da constatação.

- Só não descobri como ela surgiu, imagina o por quê? - pergunta em seguida se malterar seu humor

[Saya]

- Como assim, descobrir de onde a armadura surgiu? - Saya pergunta, ligeiramente confusa com o comentário.

[Sven]

O anão assentiu com a cabeça e saiu em direção ao templo, carregando o corpo do sargento - Obrigado capitão - despediu-se.

Ao passar pela mulher e por Syed, apenas olhou os dois rapidamente e continuou seu caminho - Vou levar o sargento ao Templo, encontro vocês amanhã, pela manhã, no estábulo - falou, ao passar.

[Dryden_Kyou]

- Ok Sven ... Até mais - Cumprimenta o Anão quando ele passou

- Simples Saya, você não disse que ela surgiu do nada? não tem curiosidade de saber sua origem? - Diz em voz baixa após anão se afastar a fim de manter o sigilo solicitado inicialmente pela Elfa

[Saya]

- Até amanhã, Sven - falou e esperou ele se afastar. Depois se voltou para o feiticeiro.

- Ah sim... sim, claro que tenho curiosidade. Mas talvez ela tenha criado do nada...? - deu de ombros, meio imaginando, meio perguntando.

[Dryden_Kyou]

- Não sei Saia... - diz balançando negativamente a cabeça - extremamente difícil isto ocorrer assim... simplesmente do nada. - diz andando enquanto conversa

- Esta situação se torna muito mais crível se há um agente externo - por fim, completa o argumento.

[Saya]

Saya pára para pensar um pouco no comentário de Syed, tentando compreender o que ele disse, mas começa a se sentir um pouco aborrecida de conversar sobre um assunto sobre o qual não entende nada.

- Sinceramente, não entendi o que você quis dizer... - fala, sem vergonha de assumir. - Mas agora acho que deveríamos descansar um pouco até a manhã, teremos uma longa viagem pela frente. Tem algum lugar aqui onde eu e Freya possamos dormir? Mesmo que seja para estender meu saco de dormir, já está bom o bastante.

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