Na Estrada (Aaron, Joan e Quinn)

[Luke]

Joan Rolls 10 on Endurance Check
Quinn Rolls 10 (5) on Endurance Check
Aaron Rolls 6 on Endurance Check

Dois dias após o incidente na casa do capitão, Aaron, Joan e Quinn partiram para as Hermit's Woods. No fim da noite do dia anterior, os soldados receberam seu capitão de volta com sua filha. Galehart não demorou mais do que algumas horas para voltar. Seguiu acompanhado de mais dois soldados e os quatro voltaram sem problemas ou qualquer ferimento. Pelo que os soldados disseram, o capitão guiou o caminho se baseando nas instruções de seu pingente e encontrou a filha em um acampamento abandonado há alguns quilômetros a leste da cidade. Nenhuma ameaça foi encontrada no acampamento, apenas a filha do capitão, que tinha sido abandonada lá junto com algumas tendas e coisas sem valor.

Os três soldados tomaram o caminho norte da estrada conhecida como Calantar's Way até pequena cidade de Hilp, onde apenas descansaram por uma noite e depois seguiram viagem por uma estrada que prometia ser mais movimentada, a Way of the Manticore, que seguia para a cidade-prisão Wheloon e além. Na noite seguinte foi a vez de conhecerem Gladehap, uma cidade que parecia mais uma grande fazenda, com estábulos e ferreiros por toda parte, além de fazendas de criação de cavalos e outros tipos mais exóticos de montaria.

Quinn estava satisfeito com tantas paradas. Gastou uma boa quantidade de seu dinheiro em bebida e diversão, mas conseguiu recuperar tal investimento com uma boa sorte nos dados na noite anterior. Joan também não tinha problemas. O jovem sacerdote estava satisfeito de conhecer cidades tão diferentes da sua e, até então, conseguia manter o cansaço longe. O mais fatigado ali era Aaron. O jovem mago não se preparou bem para a viagem e suas vestes arcanas eram pesadas e o incomodaram durante boa parte da viagem.

Somente com a ajuda de Quinn que o arcano conseguiu descer do cavalo no final do terceiro dia. Finalmente tinham chegado a pequena cidade de Ongul's Water, o ponto mais norte da floresta e onde esperavam conseguir informações sobre a amiga falecida do tio de Aaron. A cidade tinha como principal atividade o corte e a venda de madeira e os três não tiveram problema em encontrar uma estalagem.

O local se chamava O Chifre do Unicórnio e tinha em sua placa a imagem do cavalo branco com um chifre espiralado saindo da testa. Lá dentro, o salão estava cheio com viajantes sentados em suas mesas, comendo e bebendo, com apenas duas atendentes 'dançando' entre as mesas, equilibrando travessas enquanto se desviavam de viajantes mais bêbados do que deveriam. No balcão, uma mulher gorda gritava algumas ordens para a cozinha e mais ordens para as atendentes.

Durante toda a viagem o tempo tinha sido bom para com os viajantes; porém, nesse último dia eles podiam ver algumas nuvens no céu se aproximando da região e tinham quase certeza que o dia seguinte seria molhado.

[Aaron]

- Acho que estamos prosseguindo bem. - Analisou, enquanto dava mais um gole em sua caneca de hidromel. Não era habitual que o mago bebesse qualquer coisa que "pudesse trapacear sua mente", mas aquela viagem o havia deixado demasiado cansado e, portanto, decidiu que devia relaxar um pouco com a bebida. E pelo que percebeu, sua "insensatez" havia o premiado, pois cada gole da bebida o anestesiava um pouco mais da dores e da fadiga. E isso era extremamente reconfortante.

- Amanhã deve chover, portanto a viagem será mais cansativa do que seria em um dia normal.. - Deu outro gole na bebida e antes mesmo da bebida descer completamente, voltou a falar - ..mais cansativa que o normal, assim sendo acho que deveríamos descansar bem até prosseguirmos. - Olhou para os companheiros e logo após fitou rapidamente o salão da estalagem e os hoemns que ali estavam: viajantes, alguns camponenses, lenhadores, Stan, Barthon, aventureiros.. Aaron parou de súbito e voltou seu olhar pelo salão. Procurou, mas não achou. Onde enxergou Stan e Barthon, ou Gray e Seren, viu que eram apenas dois homens simples tomando suas canecas de cerveja. "Maldito hidromel", concluiu após colocar a caneca vazia na mesa. - Entretanto, não vejo com bons olhos a ideia de prolongarmos nossa estadia aqui..


(Luke, a tal Poliuska está morta? Você descreve ela como sendo a amiga morta do tio de aaron)

[Rafael]

"Esse cara (que eu nem lembro o nome) fala muito" Pensava Quinn enquanto fazia uma massagem na própria cabeça pela dor que a ressaca trazia.

- Aham. - Quinn só estava concordando com mago para ver se ele ficava em silencio, qualquer barulho fazia sua cabeça latejar, e aquela estalagem estava demasiadamente barulhenta. E após concordar com o Aaron, saiu andado em direção a uma cadeira na beira do balcão, com a cabeça abaixado e se arrastando, não por estar cansado mas a dor de cabeça estava muito forte, e ele sabia o único jeito de amenizar sua dor...

- OOOO AMIGÃO, A MAIOR CERVEJA QUE VOCÊ TEM AÊ! - Enquanto sentava-se, fala bem alto em direção ao balconista e levantava o dedo com um grande sorriso de orelha a orelha.

[Aaron]

Arfou longa e pesadamente enquanto via o guerreiro se levantar e ir até o balcão. Imaginava que suas palavras entraram por um dos ouvidos de Quinn e saíram no mesmo instante pelo outro. Sentiu o cansaço voltar a abater o seu corpo e só então reparou que seu copo, que continha hidromel, estava vazio. "Melhor subir e descansar um pouco, ou pelo menos tentar", refletiu enquanto se levantava.

- Joan, irei me recolher. Estou demasiado cansado para ficar aqui e tomar mais dois ou três copos de bebida, infelizmente. - Reconheceu, sentindo sua coluna dar pontadas de dores. - Amanhã junto com o nascer do sol, estarei aqui embaixo esperando. Até. - E se retirou, indo em direção de Quinn.

Parou ao balcão, ao lado esquerdo do cavaleiro e tão logo posou a mão no ombro dele, começou a falar. - Quinn, estou me retirando e.. - Deu uma pausa. - ..bem, tente apenas não se meter em confusão até amanhã. - Pediu, após desistir do que pretendia.

Antes de subir a escadaria que dava aos quartos, deu mais uma olhada em todo o salão, procurando por algo que não sabia o que era e então voltou a subir. "Sim, Aaron, aqueles não eram Barthon e Stan."

[Luke]

Quinn foi prontamente atendido no balcão e conseguiu beber até finalmente perder os sentidos e adormecer no próprio balcão. Com a chegada da manhã, Aaron encontrou o salão vazio, com apenas uma serviçal cuidando da limpeza do lugar e Quinn com a cara no balcão, do mesmo jeito que tinha adormecido.

Aaron podia ver que do lado de fora a chuva caía fraca, mas constante. Era uma manhã cinzenta e ainda escura, dadas as primeiras horas do dia, mas pelo visto o clima não ia mudar.

(Vc respondeu a sua própria pergunta i.i' Sim, ela tá morta, por isso o livro foi enviado, pq pelo visto não ia ter ninguém pra protegê-lo)

[Aaron]

Olhar àquela cena foi algo tão desconfortante quanto cair em uma poça de lama: ver, ali, o seu companheiro, aliado ou que for, sendo motivo de chacota e de risadas. "Como vou confiar em alguém como ele para proteger minha vanguarda?" Sentiu seu estômago remexer e um enjôo crescente dentro de si.

Aproximou-se do balcão e de Quinn, farejou o ar em volta dele e sentiu aquele pesado cheiro de cerveja. Reparou que as garçonetes o olhavam, esperando talvez que ele fizesse algo engraçado, digno daquele bêbado, mas não o fez. - "Não vou perder tempo com isso." - Deu as costas para o guerreiro e chamou a taverneira gorda reponsável pela taverna com um aceno.

- Bom dia. - Tentou ignorar tudo e parecer simpático. - Gostaria de aproveitar o melhor do seu desjejum antes de partir. - Deu um sorriso triste. - Pelo pouco que ouço de outros viajantes, o caminho não será nada fácil até Hermits Wood.. ah.. bendito lugar que essa Poliuska escolheu para viver..

[Luke]

- Sim, claro, o melhor. - a mulher se virou para a cozinha e gritou. - Tom, traga comida para o viajante! - e depois se voltou para Aaron. - Você está bem certo, a floresta é muito perigosa, ainda mais para quem não a conhece. Aliás, você disse Poliuska? A velha já morreu faz alguns dias, se é que não sabe.

[Rafael]

Quinn se levanta como se tivesse levado um choque e se dirige rapidamente para a mesa de seu companheiro, com a cara mais amassada que um saco de elefante e andando praticamente em zigzag batendo em todas as mesas que tinha em sua mesa.

"Comidaaaa..." Sentiu o cheiro da comida de seu amigo como se fosse um cachorro faminto de rua, sentou-se em um lugar vago na mesa, puxou a comida e o café para seu lado da mesa já pegando um pedaço de seja la o que for e um gole do café e virou o olhar para o mago ainda com um olho fechado.

-Eu lembro que concordei em acompanhar vocês... mas realmente não lembro o porque... - Quinn fala enquanto massageia a própria cabeça.

[Aaron]

Sim, Poliuska. - Concordou com a cabeça e recebeu o desjejum das mãos de Tom - Você também a conhecia? Fiquei sabendo de sua morte.. - Se sabia mesmo ou não, o mago não esboçou nenhum tipo de reação que a fizesse desconfiar da veracidade - ..mas não soube qual foi a causa dela. Esperava conversar com a filha dela, saber um pouco mais e talvez prestar a minha solidariedade e meus pêsames. - Beliscou uma broa de milho um pouco antes do aliado bêbado lhe roubar parte do desjejum. Ouviu os devaneios sonolentos do guerreiro e o respondeu - E nem precisa se lembrar do porquê, Quinn. Apenas tente se manter sóbrio o suficiente para ver nossa terra novamente. - Riu sem jeito para o guerreiro e voltou sua atenção para a taverneira.

[Luke]

- Sim, ela era conhecida na região, afinal, temos poucos magos por aqui - falou a mulher. - Aliás, alguns magos sempre vinham se informar sobre o caminho para sua casa, já que a velha tinha uma boa coleção de livros. E você não precisa contar uma história triste, tá na cara que é só mais um mago querendo ver a coleção da velha - e depois deu uma risada rouca.

[Aaron]

Forçou uma risada após ouvir a mulher e concordou com ela - Ah, é verdade. Esqueci que não sou o melhor para inventar estórias. - Fez-se de desentendido - Realmente, uma das coisas de que eu gostaria de ver era a coleção de Poliuska, mas a minha maior intenção em viajar até lá é para falar com a sua filha. Sabes se a encontrarei lá? Ah, e por sinal, essa broa de milho está realmente muito boa! - Deu uma mordida a mais e esperou pela resposta da mulher enquanto mastigava.

[Luke]

- Sim, claro - respondeu a mulher com desdém, tanto para o elogio da comida quanto para a motivação de Aaron. - Não sei se as filhas continuam lá, mas sua casa ainda deve estar por lá, não? Você deveria contratar o serviço de um patrulheiro, é o que eu recomendo pra todos que passam por aqui perguntando pela velha e eles sempre voltam me agradecendo por isso. Posso mandar chamar John Greenwood e vocês podem acertar um bom preço, garanto que não vão se arrepender.

[Aaron]

- É, talvez nós devêssemos sim. - Concordou sem certeza com a cabeça, enquanto enfiava a mão em um dos bolsos internos do manto, procurando por algo - Seria de bom grado se mandasse chamar este patrulheiro. Enquanto isso.. - Por fim, retirou um pequeno rolo de pergaminho e estendeu-o sobre o balcão. Os nomes de Seren, Gray, Barthon e Stan estavam escritos no papel. - ..falando nos magos que andaram procurando pela Poliuska, alguns desses nomes lhe trazem a mente algum desses magos? - Deu-lhe uma breve descrição de como seriam esses magos de modo a deixar a descrição de Seren e Barthon idênticas, assim como Gray e Stan.

[Luke]

- Bart, vá chamar aquele Greenwood aqui! Diga que tenho viajantes e mande-o vir pronto para sair! Pelo visto estão com pressa - a última frase foi dita se voltando para Aaron novamente, depois de gritar na direção da cozinha.

- Uhm, não sei quanto aos nomes, não é todo mundo que deixa seus nomes por aqui quando pede informações - disse a mulher, e então pegou o que parecia ser um pouco de erva de fumo e colocou na boca para mastigar enquanto falava. - Mas não é sempre que aparecem magos procurando pela velha, desde que ela morreu, ela não parece ter tido mais visitas.

[Aaron]

Entendi - Disse, enquanto enrolava novamente o pequeno pergaminho e colocava de volta em um dos bolsos do manto - "Realmente não tem como receber muitas visitas. Especialmente quando se está morto" - As palavras quase lhe escapuliram, mas o mago preferiu não dizer mais nada, apenas aguardou pelos outros enquanto terminava seu café da manhã.

[Luke]

Pouco tempo depois de Aaron terminar seu café, o homem que seria seu guia entrou na estalagem. Era na verdade um elfo. Trazia duas espadas na cintura e um arco preso a uma mochila nas costas. Parecia realmente preparado, mas o que mais impressionou foi que junto com ele entrou um lobo com uma pelagem que mesclava o cinza com o marrom claro e de olhos tão verdes quanto os de seu dono.

- Ah, ai está ele. Greenwood, estes são os viajantes - disse ela, apontando para Quinn e Aaron. A mulher pareceu já estar habituada ao lobo, pois nem se importou com a criatura que vinha ao lado do patrulheiro.

- Sou John Greenwood, vocês são? - perguntou o elfo. Não sorria e nem fazia cara feia, apenas olhava para os dois ali como se fossem clientes pedindo por um serviço corriqueiro.

[Aaron]

"Tenho o pressentimento que este serviço vai nos custar caro" - Imaginou ao ver o quanto armado John Greenwood estava e o quanto preparado John Greenwood deveria ser. Olhou de relance para o lobo que o acompanhava e os olhos do animal encontraram com os dele por um instante. Sentiu que deveria desviar o olhar e o fez, mesmo sem saber porquê.

- Sou Aaron Flaming, venho de Gray Oaks e pretendo chegar a Hermit Wood's aindahoje - Se levantou da cadeira para se apresentar e olhou para Quinn indicando que ele fizesse o mesmo. Afinal, já era hora de se levantar e partir.

[Luke]

- O preço são 30 moedas de ouro pelo serviço e mais 10 por pessoa. Garanto a segurança de um grupo de até 5 pessoas, mais do que isso não me arrisco a incluir a segurança dentro do serviço - as palavras do elfo eram duras; porém, pareciam ser palavras de alguém que sabia o que dizia. - Além disso, a floresta já é perigosa por si só, deverão vir armados para combater qualquer eventual criatura que nos ameaçar. O serviço inclui tanto a ida quanto a volta. Ainda interessados?

[Rafael]

- Eu não preciso de sua proteção, então não iremos pagar mais 10 peças... - Quinn falou com um olhar de deboxe, olhando nos olhos do elfo afeminado. - Mas acho justo cada vez em que você precisar de proteção nos devolver 5 peças de ouro. - Falou dando um sorrisinho maroto e um tapinha nas costas do mago.

[Aaron]

O mago olhou o desenrolar das ações de Quinn enquanto pensava. - Acredito que precisaremos mais de um guia do que o combatente. Mas caso aceite a proposta de Quinn e o pagamento seja acertado quando voltarmos, podemos fechar o negócio agora.

[Luke]

- Eu não estou cobrando pela proteção, estou cobrando pelo serviço. Além disso, não estou negociando o preço também, que é para ser pago antes de partirmos. Vocês são livres para tentar achar seu caminho pela floresta, mas isso pode custar mais do que apenas algumas peças de ouro.

O lobo do patrulheiro se aproximou e apenas farejou o ar na direção dos soldados.

[Aaron]

- Acho que não, então. Muito obrigado. - Disse por último, sorrindo ironicamente enquanto se desviava do patrulheiro e seguia em direção a dona do estabelecimento. - Acho que não será necessário o serviço do bom patrulheiro e sim de apenas um guia, conhece algum? Senão, de qualquer forma, já nos ajudou bastante e nós seguiremos sem ninguém conosco mesmo.

[Luke]

O patrulheiro apenas dá de ombros e vai embora, sendo seguido pelo lobo, que por um momento ainda observa os soldados e depois segue seu dono para fora da taverna.

- Hahah, sujeito difícil esse Greenwood, mas lá se foi seu guia, viajante. - ela parou para colocar mais um pouco de erva na boca. - Boa sorte para vocês.

[Aaron]

Aaron entendeu o recado. Terminou seu desjejum, arrumou suas coisas e preparou para partir. Já era tempo de pôr o pé na estrada se quisesse mesmo chegar ao destino ainda hoje.

[Rafael]

- Ele parecia um bom guerreiro... - Quinn falou coçando a cabeça enquanto o patrulheiro saia pela porta.

"Droga ele seria de grande ajuda, ainda mais com aquele lobo para evitar encontros desnecessários. "

- Uhhhh, mas ele fedia a cachorro... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!! - Rindo muito alto, Quinn se levantava da mesa se espreguiçando e olhou para o mago. - Estou esperando lá fora. - E saiu andando em direção da porta.

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