Interlúdio #1 - Instruções da Missão

[Luke]

28 Ches, The Year of the Ageless One
Quartel da milícia, Gray Oaks
Manhã

O salão de encontro da milícia de Gray Oaks estava cheio, pouco mais de três dezenas de cadetes estavam ali para receber as instruções de sua primeira missão a serviço da milícia da cidade, os Silvershields.

O grupo estava conversando normalmente enquanto nenhum superior se apresentava, quando finalmente a voz do capitão ecoou no salão.

- Soldados! Alguns de vocês começaram hoje a servir nos Silvershields - o Capitão Adreth Galehart era um homem na casa dos cinquenta anos, com curtos cabelos brancos e sem barba. Não apenas a sua voz demandava todo o respeito que ele recebia, mas só de olhar pra ele, todos os soldados ali tinham a certeza de que mesmo aos cinquenta anos o capitão ainda seria capaz de derrotar todos os soldados ali presentes. Juntos.

- A missão de vocês hoje é ativar os santuários que existem nas bordas da King's Forest. Eles protegem nossa cidade, mantendo as criaturas afastadas de nossos muros e das fazendas locais mas, uma vez ao ano, precisam ter sua energia arcana fortalecida. Cada grupo tem a missão de ativar um dos santuários. Supondo que todos serão bem sucedidos, todos os santuários serão ativados e teremos paz nessa floresta novamente. - diz o capitão.

- Whort, Bedlar e Kelen, cada um vocês vai liderar um grupo de doze soldados. - diz o capitão, se dirigindo aos três sargentos e depois voltando o olhar para os outros soldados - Desejo uma boa missão a todos e lembrem-se: existem criaturas poderosas na floresta, não pensem que poderão lidar com todas elas. Se encontrarem uma criatura dessas, corram para os santuários. Lá as criaturas ficaram enfraquecidas e vocês terão mais chances de vencer! Agora vão e cumpram seu trabalho!

Os soldados respondem afirmativamente ao comando de seu capitão, que deixa o salão confiante de que seus novos cadetes estão prontos para encarar seu primeiro desafio.

(Esse é um tipo de tópico especial em que vocês podem conversar livremente com outros personagens, mas sem receberem XP por isso. Dentro das cenas de jogo eu puxo mais pro combate, aqui a interpretação dos personagens é livre, sendo quase que uma cena bônus. Claro que pode acontecer de vocês ganharem XP e itens dependendo do que desenrolar nessa cena ou acabar desenrolando um combate extra. E também é uma experiência a parte. Se vocês gostarem desse tipo de situação, mais cenas dessas vão aparecer, independente de como o tópico principal está sendo desenrolado)

[Dreamer]

Assim que o capitão se afasta, Bedlar aproxima-se da sua tropa. Sua expressão é agravada pelas sombras do local que dão a seu rosto sério um ar tenso e preocupado.
- Senhores, todos ouviram o chefe. Espero que estejam todos prontos.
Ele passa os olhos em revista de sua tropa. Soldados treinados e prontos para o combate. Jovens, entretanto, e pouco experientes. Entre os rostos jovens se destacavam 3 já conhecidos, Aaron o mago, Syed o feiticeiro e Sven o guerreiro. Bedlar se detem um pouco olhando para os 3. Se teriam algum problema, estava feliz de poder contar com suas forças.
- Se precisam de algo, seja água, munição ou ir ao banheiro para não sujar as calças. - Ele riu descontraído e foi seguidos por alguns da primeira fila que queriam mostrar intimidade e subserviência ao comandante. - Que seja agora. - Ele caminhou entre as filas e comentou ao passar por Sven - Será que algumas crianças ganharão suas barbas hoje? - Mais risos foram ouvidos entre os jovens.
O Sargento dispensou sua tropa, marcando um lugar de encontro próximo aos portões. Esperou que Sven olhasse para ele e fez um meneio com a cabeça para que esperasse, queria conversar com os experientes em particular. Enquanto aguardava o anão, aproximou-se dos arcanos.
- Aaron e Syed, vocês precisam preparar algo? Algum encantamento ou ritual?

[Sven]

- Finalmente algo para matar ócio! - disse o anão. Detestava ficar uma semana de pernas pro ar e sentia que precisava de algum exercício. "Acho que eles deveriam ser mais rigorosos quanto a admissão de cadetes", pensou ao ouvir o comentário do capitão enquanto varria com os olhos a quantidade exorbitante de jovens que pareciam ter acabado de sair das saias de suas mães. Não se permitia deixar que seus aliados caíssem em batalha, mas sabia que nem sempre conseguia chamar toda a atenção para si. "Talvez precise de um machado maior... ou de uma cara mais feia", pensou, rindo sozinho.

Reparou no olhar de Bedlar e respondeu com um meneio de cabeça, aproximando-se do amigo. Ao menos, entre todos aqueles soldados, aí estava um em quem podia contar a todo momento. Podia confiar sua vida em Bedlar e sabia que qualquer inimigo que tentasse abatê-los em combate teria de suar muito as malditas calças antes de começar a pensar na possibilidade. Também haviam muitos conjuradores no batalhão e apesar de não gostar de feiticeiros, magos e nada que viesse de Thal, gostava de ter esse tipo de gente por perto. "Mantenha um maldito mago sempre ao alcance de seu machado", disse a si mesmo.

- Eu preciso de algo, e muito importante... - disse ao amigo, em tom preocupado - uma maldita caneca de cerveja! - mudando o tom na última sentença para um tom animado.

[Conteúdo patrocinado]