O Templo de Amaunator
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O Templo de Amaunator
Sven caminhou sozinho pelas ruas durante a noite fria até chegar ao templo do deus do sol. Ao sair do quartel carregando o corpo de Bedlar, tal como entrou, somente foi acompanhado pelos soldados até a porta do quartel, mas nenhum deles lhe falou. O soldado não reconheceu seus rostos, talvez porque fossem novos ou por não reconhecê-los devido a prestar mais atenção em seus próprios pensamentos, mas, novamente, nenhum soldado o abordou.
O templo na verdade eram dois prédios com uma pequena praça entre eles, formando um corredor que ficava justamente no caminho que o sol fazia durante o dia mais longo do ano. Não era um templo grande, nem de longe tinha tesouros ou luxo, ornamentos dourados ou estátuas. Ele apenas estava lá, um local onde o sol entrava pelo leste e se escondia no oeste, com um altar no centro onde eram realizadas as cerimônias.
Sven encontrou o lugar quase vazio e iluminado por alguns archotes. Vários bancos de pedra ficavam a frente e atrás do altar, que normalmente tinha três cerimônias por dia: uma ao alvorecer, outra ao meio dia e uma no anoitecer. Claro que o soldado não reparou em nenhum dos detalhes do templo, continuava a relembrar memórias antigas e duras batalhas que enfrentara ao lado de seu sargento e só se deu conta de que realmente havia chegado quando quase bateu contra um dos bancos.
Olhou para frente e viu que as únicas pessoas ali eram dois jovens sacerdotes humanos, um limpando os bancos e outro cuidando de arrumar o altar para a próxima cerimônia; e o terceiro era um anão, que pelas vestes também era um sacerdote, mas que estava ali apenas rezando.
O templo na verdade eram dois prédios com uma pequena praça entre eles, formando um corredor que ficava justamente no caminho que o sol fazia durante o dia mais longo do ano. Não era um templo grande, nem de longe tinha tesouros ou luxo, ornamentos dourados ou estátuas. Ele apenas estava lá, um local onde o sol entrava pelo leste e se escondia no oeste, com um altar no centro onde eram realizadas as cerimônias.
Sven encontrou o lugar quase vazio e iluminado por alguns archotes. Vários bancos de pedra ficavam a frente e atrás do altar, que normalmente tinha três cerimônias por dia: uma ao alvorecer, outra ao meio dia e uma no anoitecer. Claro que o soldado não reparou em nenhum dos detalhes do templo, continuava a relembrar memórias antigas e duras batalhas que enfrentara ao lado de seu sargento e só se deu conta de que realmente havia chegado quando quase bateu contra um dos bancos.
Olhou para frente e viu que as únicas pessoas ali eram dois jovens sacerdotes humanos, um limpando os bancos e outro cuidando de arrumar o altar para a próxima cerimônia; e o terceiro era um anão, que pelas vestes também era um sacerdote, mas que estava ali apenas rezando.
Luke- Mensagens : 397
Data de inscrição : 30/03/2010
Re: O Templo de Amaunator
Sua oração foi interrompida por passos cambalentas e pesados e o sacerdote perdeu o "foco"de sua meditação.
Talvez fosse melhor assim - ele pensou - estava cansado de buscar uma paz inalcansável.
Pensou em retirar-se, mas ficou intrigado com o outro anão que chegava-se ao altar.
Baern aproximou-se com toda cautela. exibia, sob mangas curtas, seus músculos, estranhamente desenvolvidoas para um sacerdote e sua pele, clara pela sua descendência dos anões do norte, mas tão coberta de tatuagens negras que alguém desavisado porderia tomar seu braço por tecido como se tivesse coberto, ainda que nu.
Suas tatuagens contavam, ao menos para Baern, sua história. Cada runa e cada local fora escolhido para guardar uma memória especial.
E Baern orgulhava-se muito de cada uma delas.
Enquanto se aproximava do outro anão, Baern percebeu que os sacerdotes humanos pareciam ocupados. Decidiu que poderia ser de alguma ajuda.
- Posso ajudá-lo em alguma coisa?
Imagens de referência:
Talvez fosse melhor assim - ele pensou - estava cansado de buscar uma paz inalcansável.
Pensou em retirar-se, mas ficou intrigado com o outro anão que chegava-se ao altar.
Baern aproximou-se com toda cautela. exibia, sob mangas curtas, seus músculos, estranhamente desenvolvidoas para um sacerdote e sua pele, clara pela sua descendência dos anões do norte, mas tão coberta de tatuagens negras que alguém desavisado porderia tomar seu braço por tecido como se tivesse coberto, ainda que nu.
Suas tatuagens contavam, ao menos para Baern, sua história. Cada runa e cada local fora escolhido para guardar uma memória especial.
E Baern orgulhava-se muito de cada uma delas.
Enquanto se aproximava do outro anão, Baern percebeu que os sacerdotes humanos pareciam ocupados. Decidiu que poderia ser de alguma ajuda.
- Posso ajudá-lo em alguma coisa?
Imagens de referência:
Dreamer- Mensagens : 293
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Re: O Templo de Amaunator
O anão se espantou ao quase bater num banco e perceber que já estava dentro do templo. Estava tão imerso em memórias que sequer prestou atenção ao lugar. Arqueou uma sobrancelha quando foi abordado pelo sacerdote anão. Já havia visto anões bem tatuados em sua antiga terra, mas nunca tão cheio de figuras pelo corpo como este. Impressionou-se mas não demonstrou surpresas, devido ao estado de espírito daquele momento. Passou os olhos pelos outros dois sacerdotes e não acreditou que nenhum dos dois fosse quem procurava. Talvez fosse o anão, pensou, antes de respondê-lo.
- Procuro por Pycelle. Fui enviado pelo Capitão.
- Procuro por Pycelle. Fui enviado pelo Capitão.
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
- Sou novo aqui. - Baern respondeu com um sorriso de acolhimento. Aquele meio sorriso que não indica alegria, mas demonstra boas vindas e que a dor de outrém foi percebida.
- Mas posso ajudá-lo em encontrá-lo. Sabe se é um homem ou mul... não importa! Fique aqui, sente-se e descanse um pouco. Vou ver o que posso fazer.
Baern afastou-se de Sven e caminho até os sacerdotes ouvindo seus passos estalarem pelo chão de pedras.
- Algum de vocês é Pycelle, ou o conhece? parece-me que precisamos dele à mando de um dos capitães do Exército!
- Mas posso ajudá-lo em encontrá-lo. Sabe se é um homem ou mul... não importa! Fique aqui, sente-se e descanse um pouco. Vou ver o que posso fazer.
Baern afastou-se de Sven e caminho até os sacerdotes ouvindo seus passos estalarem pelo chão de pedras.
- Algum de vocês é Pycelle, ou o conhece? parece-me que precisamos dele à mando de um dos capitães do Exército!
Dreamer- Mensagens : 293
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Re: O Templo de Amaunator
- Senhor, o sacerdote Pycelle ainda está dormindo. Ainda faltam, pelo menos, duas horas para o amanhecer - disse o homem que cuidava do altar. - Se você puder esperar um pouco, o próprio sacerdote Pycelle realiza a cerimônia da alvorada.
Luke- Mensagens : 397
Data de inscrição : 30/03/2010
Re: O Templo de Amaunator
- Aquele Anão... - Baern não se exaltou ao apontar Sven com o queixo. - Diz que recebeu ordens do capitão para ver o Sacerdote. Mas, desconheço a urgência dessa necessidade e desconheço se, nesta cidade, o capitão tem hierarquia sobre os templários. Entretanto, ele traz um corpo ao templo.
Baern estava constrangido. De um lado não queria ofender as "ordenanças" do templo e por outro achava que os dois estavam sendo muito apáticos com alguém que trazia um morto à eles.
- Não podemos adiantar os procedimentos de velação desta alma até que Pycelle acorde?
(Lukete bolete: Eu tenho conhecimentos sobre rituais que devam ser prestados? tenho "autoridade" para praticá-los neste templo? o que posso fazer para ajudar o anão - Sven - ou devo apenas confortá-lo à espera do Sumo-sacerdote?
Baern estava constrangido. De um lado não queria ofender as "ordenanças" do templo e por outro achava que os dois estavam sendo muito apáticos com alguém que trazia um morto à eles.
- Não podemos adiantar os procedimentos de velação desta alma até que Pycelle acorde?
(Lukete bolete: Eu tenho conhecimentos sobre rituais que devam ser prestados? tenho "autoridade" para praticá-los neste templo? o que posso fazer para ajudar o anão - Sven - ou devo apenas confortá-lo à espera do Sumo-sacerdote?
Dreamer- Mensagens : 293
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Re: O Templo de Amaunator
- Se eu posso esperar DUAS HORAS? Só um momento por favor... - interrompeu o anão, antes de olhar para o corpo de Bedlar e dialogar com o morto - Sargento, acha que podemos esperar duas horas? Ah sim, claro, sargento. - voltou os olhos novamente aos sacerdotes - Ele pode esperar sim, afinal de contas, está MORTO e tem TODA uma ETERNIDADE para esperar. E quando ele começar a feder bastante eu vou colocá-lo deitado no seu altar e cobrí-lo com suas vestes para mantê-lo aconchegante enquanto fede e espera - continou, inconformado, numa mistura de ironia e raiva, enquanto dava dois passos em direção ao altar e olhava no fundo dos olhos dos dois humanos.
- Eu, por outro lado, como não estou morto, posso aproveitar o tempo livre para enviar dois sacerdotes ao outro lado para que guiem meu sargento ao caminho da luz. Como vocês devem saber o caminho, não acredito que haja problema, há? - a expressão do anão era dura e de poucos amigos.
- Eu, por outro lado, como não estou morto, posso aproveitar o tempo livre para enviar dois sacerdotes ao outro lado para que guiem meu sargento ao caminho da luz. Como vocês devem saber o caminho, não acredito que haja problema, há? - a expressão do anão era dura e de poucos amigos.
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
- Tudo que você precisava era pedir auxílio pelo morto, não achar que todos vêm aqui com essa intenção! - devolveu o homem que cuidava do altar. E continuou a falar enquanto descia do altar e ia na direção de Sven. - Ponha seu sargento em um dos bancos, soldado, que nós iremos cuidar dele.
- Você vá pegar o material necessário - disse o homem para o outro serviçal que cuidava de limpar os bancos. Depois se virou para Baern. - E você também pode tentar ajudar mantendo esse anão longe.
(Ritual que todo clérigo devia ter seria o Gentle Repose, né? Isso sim é cuidar do corpo)
- Você vá pegar o material necessário - disse o homem para o outro serviçal que cuidava de limpar os bancos. Depois se virou para Baern. - E você também pode tentar ajudar mantendo esse anão longe.
(Ritual que todo clérigo devia ter seria o Gentle Repose, né? Isso sim é cuidar do corpo)
Luke- Mensagens : 397
Data de inscrição : 30/03/2010
Re: O Templo de Amaunator
Baern aproximou-se de Sven após menear afirmativamente com a cabeça para o pedido do sacerdote.
- Eles cuidarão bem do seu amigo. - Disse ao outro anão. enquanto, tocando em seu ombro tentava direcioná-lo para longe. - Venha, eu te pago algumas canecas se você tiver boas histórias para contar sobre seu falecido amigo.
- Não temos muito o que fazer agora, amigo. Eles vão cuidar de seu morto e nada que você fizer aqui vai fazer-lhe jus. Mas talvez, relemebrar das belas histórias de batalha abram o caminho de seu amigo rumo ao paraíso dos guerreiros.
Baern pretende levar Sven à taverna mais próxima. Ouví-lo, beber com ele e retornar em duas horas, quando Picelle (cujo nome evoca o homossexualismo) deve estar presente.
- Eles cuidarão bem do seu amigo. - Disse ao outro anão. enquanto, tocando em seu ombro tentava direcioná-lo para longe. - Venha, eu te pago algumas canecas se você tiver boas histórias para contar sobre seu falecido amigo.
- Não temos muito o que fazer agora, amigo. Eles vão cuidar de seu morto e nada que você fizer aqui vai fazer-lhe jus. Mas talvez, relemebrar das belas histórias de batalha abram o caminho de seu amigo rumo ao paraíso dos guerreiros.
Baern pretende levar Sven à taverna mais próxima. Ouví-lo, beber com ele e retornar em duas horas, quando Picelle (cujo nome evoca o homossexualismo) deve estar presente.
Dreamer- Mensagens : 293
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Re: O Templo de Amaunator
- Eu não irei a lugar algum - retrucou Sven, ainda segurando Bedlar - e meu sargento fica comigo!
O anão olhou firme para o sacerdote que o respondera e depois fitou o outro anão tatuado. Este deveria ter percebido o semblante de um anão que não sairia dali nem que as montanhas desabassem sobre o templo.
- Não quero que cuidem de corpo algum! Vim sob ordens do capitão para encontrar o tal de Pycelle que, segundo o próprio, é uma pessoa de confiança dele. Caso contrário eu não teria sido ordenado a procurá-lo. Você é Pycelle? Não! Logo me dê o maldito Pycelle! - respondeu, agora mais irritado e ainda de pé em meio ao salão do templo.
O anão olhou firme para o sacerdote que o respondera e depois fitou o outro anão tatuado. Este deveria ter percebido o semblante de um anão que não sairia dali nem que as montanhas desabassem sobre o templo.
- Não quero que cuidem de corpo algum! Vim sob ordens do capitão para encontrar o tal de Pycelle que, segundo o próprio, é uma pessoa de confiança dele. Caso contrário eu não teria sido ordenado a procurá-lo. Você é Pycelle? Não! Logo me dê o maldito Pycelle! - respondeu, agora mais irritado e ainda de pé em meio ao salão do templo.
Sven- Mensagens : 172
Data de inscrição : 31/03/2010
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Re: O Templo de Amaunator
- Sob as ordens do capitão ou do próprio Rei, você ainda teria que esperar e é isso que vai acontecer! - disse o homem. - Eu estou aqui tentando ajudar e o anão me trata dessa maneira! - falou agora se voltando para Baern, mas logo pareceu surpreso e foi andando na direção de um velho que vinha caminhando pelo templo, saindo de uma das portas laterais.
- Mestre, o senhor não deveria ter se dado ao trabalho de vir até aqui, e tão cedo, não havia necessidade... - continuou o homem que cuidava do altar, mas logo se calou quando o velho levantou a mão.
- Posso estar velho, mas ainda não estou surdo... Eu deveria me levantar junto de nosso deus, mas esse jovem parece que não quer deixar um velho descansar - disse o sacerdote, que foi caminhando até Sven e Baern. O homem ao seu lado permaneceu apenas em silêncio.
- Mestre, o senhor não deveria ter se dado ao trabalho de vir até aqui, e tão cedo, não havia necessidade... - continuou o homem que cuidava do altar, mas logo se calou quando o velho levantou a mão.
- Posso estar velho, mas ainda não estou surdo... Eu deveria me levantar junto de nosso deus, mas esse jovem parece que não quer deixar um velho descansar - disse o sacerdote, que foi caminhando até Sven e Baern. O homem ao seu lado permaneceu apenas em silêncio.
Luke- Mensagens : 397
Data de inscrição : 30/03/2010
Re: O Templo de Amaunator
Sob as ordens do capitão ou do próprio Rei, você ainda teria que
esperar e é isso que vai acontecer! - disse o homem. - Eu estou aqui
tentando ajudar e o anão me trata dessa maneira! - falou agora se
voltando para Baern.
- Bem. - Disse Baern virando os lábios. - você não ajudou muito não é mes...
mas logo pareceu surpreso e foi andando na direção de um velho que vinha
caminhando pelo templo, saindo de uma das portas laterais.
Baern ficou em silêncio observando enquanto o velho se aproximasse e qual seria a reação do outro anão.
esperar e é isso que vai acontecer! - disse o homem. - Eu estou aqui
tentando ajudar e o anão me trata dessa maneira! - falou agora se
voltando para Baern.
- Bem. - Disse Baern virando os lábios. - você não ajudou muito não é mes...
mas logo pareceu surpreso e foi andando na direção de um velho que vinha
caminhando pelo templo, saindo de uma das portas laterais.
Baern ficou em silêncio observando enquanto o velho se aproximasse e qual seria a reação do outro anão.
Dreamer- Mensagens : 293
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Re: O Templo de Amaunator
- Quando seu Sol se levantar eu estarei cumprindo meu dever - respondeu ao velho que chegara, sem retornar a menção de "deus" ao Sol - Não posso me dar a este luxo. Você deve ser Pycelle? Vim em nome do capitão e preciso de informações a respeito do assassinato de um de nossos sargentos.
O anão deitou o corpo de Bedlar sobre um dos bandos do templo e removeu parte do pano que o cobria - Ele tem queimaduras pelo corpo, mas parece que esta não foi a causa da morte. Um amigo da guarda disse que ele estava "reanimado por magia negra" quando o atacou. - descreveu, sem delongas a fim de não perder muito tempo.
O anão deitou o corpo de Bedlar sobre um dos bandos do templo e removeu parte do pano que o cobria - Ele tem queimaduras pelo corpo, mas parece que esta não foi a causa da morte. Um amigo da guarda disse que ele estava "reanimado por magia negra" quando o atacou. - descreveu, sem delongas a fim de não perder muito tempo.
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
- Sim, um corpo reanimado por necromancia, uma coisa não muito difícil para quem se atreve a usar tais métodos... - disse o sacerdote após olhar para Bedlar. O velho tocou uma das queimaduras e fez um breve meneio com a cabeça. - E inteligente a decisão de usar forças divinas contra eles, já que é seu ponto fraco.
- Então, já que você não tem muito tempo, gostaria de interrogar o morto você mesmo? - aquilo podia claramente parecer uma zombaria vindo de qualquer outra pessoa, mas não vindo daquele homem. Ele parecia estar falando sério sobre questionar o morto e ficou esperando a resposta de Sven.
- Então, já que você não tem muito tempo, gostaria de interrogar o morto você mesmo? - aquilo podia claramente parecer uma zombaria vindo de qualquer outra pessoa, mas não vindo daquele homem. Ele parecia estar falando sério sobre questionar o morto e ficou esperando a resposta de Sven.
Luke- Mensagens : 397
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Re: O Templo de Amaunator
Baern cruzara as mãos nas costas. Atento às palavras de Pycelle, a quem, de princípio julgara arrogante, mas notou ser um homem cuja arrogância não provinha de um senso de valor pessoal exacerbado, mas de algumas qualidades fisicas e sociais que, somadas, concebiam a ele um manto de destaque. Talvez não fosse arrogante, pensou o Sacerdote, talvez ele fosse mesmo importante.
Em silêncio, Baern circundo o anão, olhando por sobre seus ombros, buscando uma visão do morto e se compadeceu do companheiro de raça. Gostaria de ajudá-lo.
Por duas ou três vezes ele ameaçou dizer algo, para auxiliar a comunicação do anão com o alto-sacerdote. Mas, por não ser um dos acólitos daquele templo, preferiu deixar-se nas sombras.
Então ouviu Pycelle falou sobre interrogar os mortos e se interessou. Isso era algo que precisava ver.
Baern passou a ficar atento para estar presente nesse ritual.
Em silêncio, Baern circundo o anão, olhando por sobre seus ombros, buscando uma visão do morto e se compadeceu do companheiro de raça. Gostaria de ajudá-lo.
Por duas ou três vezes ele ameaçou dizer algo, para auxiliar a comunicação do anão com o alto-sacerdote. Mas, por não ser um dos acólitos daquele templo, preferiu deixar-se nas sombras.
Então ouviu Pycelle falou sobre interrogar os mortos e se interessou. Isso era algo que precisava ver.
Baern passou a ficar atento para estar presente nesse ritual.
Dreamer- Mensagens : 293
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Re: O Templo de Amaunator
"Forças divinas?", perguntou-se Sven, ao ouvir as palavras de Pycelle - Não creio que meu companheiro tenha usado de "forças divinas" contra meu sargento. Ele não visita templos e suas magias são coisas bem caóticas. Digo por experiência própria, baseada em acidentes passados, que deve ter sido só fogo mesmo - respondeu.
Sven realmente não entendeu as palavras do sacerdote e por mais que não parecesse, achou que aquilo não deveria passar de uma zombaria. Ficou confuso por alguns instantes e resolveu que talvez o homem estivesse caducando.
- Err, o senhor ouviu suas palavras, senhor Pycelle? Interrogar o morto? - reforçou, incrédulo.
Sven realmente não entendeu as palavras do sacerdote e por mais que não parecesse, achou que aquilo não deveria passar de uma zombaria. Ficou confuso por alguns instantes e resolveu que talvez o homem estivesse caducando.
- Err, o senhor ouviu suas palavras, senhor Pycelle? Interrogar o morto? - reforçou, incrédulo.
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
- Mesmo aqueles que não recebem poder dos deuses podem invocar as chamas sagradas contra seus oponentes, algo raro, mas possível - disse o sacerdote. Então continuou, examinando o corpo de Bedlar. - Sim, esse jovem clérigo irá fazer os preparativos de um ritual bem simples; porém, muito útil. Infelizmente você não pode falar com seu amigo, mas o corpo dele ainda pode responder suas perguntas. Você pode pensar bem nas duas perguntas que quer saber e ele vai te responder.
Após a ordem ter sido dada, o homem que estava no altar e o que limpava os bancos deixaram o local para voltar alguns minutos depois com componentes e velas. Depois disso, começaram a preparar o corpo de Bedlar, enquanto o próprio Pycelle ia se encarregando de recitar as palavras necessárias.
(Normalmente o ritual em si permite de 0 a 3 perguntas, mas como é um NPC fazendo, foram já duas)
Após a ordem ter sido dada, o homem que estava no altar e o que limpava os bancos deixaram o local para voltar alguns minutos depois com componentes e velas. Depois disso, começaram a preparar o corpo de Bedlar, enquanto o próprio Pycelle ia se encarregando de recitar as palavras necessárias.
(Normalmente o ritual em si permite de 0 a 3 perguntas, mas como é um NPC fazendo, foram já duas)
Luke- Mensagens : 397
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Re: O Templo de Amaunator
(Perae, já foram duas? Entao tenho direito a uma só?)
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
"Syed com chamas divinas? Duvido muito.", pensou, mas preferiu não argumentar com o velho. O anão ainda estava absurdamente confuso com tudo aquilo. Lançou um olhar de desorientação ao velho, já que não fazia idéia de como agir. Ficou calado por alguns instantes, observando o ritual enquanto sua mente conversava em silêncio consigo mesmo. "Duas perguntas? Mas que diabos! O que raios eu vou perguntar a um morto? Que perguntas eu posso fazer? Pelos deuses! Perguntas? A um morto? Sven, seu cretino, pare de idiotice e pense. Pense, maldito! Pergunte qualquer coisa! Não, idiota! Você só tem DUAS perguntas, faça bom uso delas! Maldição!".
Sven desejou ser inteligente como Aaron naquele momento. O garoto com certeza conseguiria fazer a pergunta certa, com o metodismo necessário para descobrir tudo o que queria. O anão era bom em manejar armas, não em fazer perguntas. Muito menos perguntas a mortos. Olhou novamente para o velho, esperando uma ajuda que não vinha. Vislumbrou o ritual por mais alguns instantes, enquanto imagens do passado voltavam a assombrar sua mente, até que as palavras saltaram de sua boca, espontâneamente.
- Sargento, que eventos aconteceram com você desde o momento em que o senhor saiu da sala do capitão até o momento em que Syed o derrubou na mansão do capitão?
Sven desejou ser inteligente como Aaron naquele momento. O garoto com certeza conseguiria fazer a pergunta certa, com o metodismo necessário para descobrir tudo o que queria. O anão era bom em manejar armas, não em fazer perguntas. Muito menos perguntas a mortos. Olhou novamente para o velho, esperando uma ajuda que não vinha. Vislumbrou o ritual por mais alguns instantes, enquanto imagens do passado voltavam a assombrar sua mente, até que as palavras saltaram de sua boca, espontâneamente.
- Sargento, que eventos aconteceram com você desde o momento em que o senhor saiu da sala do capitão até o momento em que Syed o derrubou na mansão do capitão?
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
Envolta do corpo, alguns incensos e velas haviam sido acesos enquanto Pycelle recitava suas palavras sagradas. O corpo de Bedlar não se mexeu em nenhum momento, apenas ficou ali, parado, por muito tempo enquanto o anão observada. Mesmo quando o soldado fez sua pergunta ao morto, o corpo nada respondeu.
Quando Sven finalmente parecia se convencer de que tudo aquilo era uma bobagem, a fumaça que envolvia o cadáver foi sugada pela boca e pelo nariz de Bedlar e ele pareceu ganhar vida por um tempo, mas o soldado notou que aquilo não era nada parecido com a vida que seu sargento tinha antes.
O corpo começou a falar, sua voz era monótona e sem emoção, apenas descreveu o que havia sido perguntado. Contou o que seu corpo fez ao sair da sala do capitão, quando foi para a cozinha, conversou com o cozinheiro.
- ... então eu fiquei ali, parado por algum tempo com as batatas nas mãos, apenas parado e depois de um tempo cortei meus pulsos com a faca e eu tombei no chão, para não me mexer novamente - e relatou tudo isso como se não fosse realmente com ele, era somente a magia agindo sobre o corpo de Bedlar.
- Apenas pouco tempo se passou quando alguém veio e se aproximou do meu corpo. Depois disso, apenas escuridão, e meu corpo foi carregado para algum canto da cozinha. A pessoa continuou ali, ela assumiu o trabalho que eu estava fazendo e depois de mais algum tempo o anão Sven apareceu e começou a conversar com a pessoa. Depois de mais algum tempo o anão saiu e essa pessoa veio até mim e a escuridão me carregou para outro lugar, fora dos muros da cidade.
- Depois de mais algum tempo, eu estava na casa do capitão e Syed também estava no quarto - o corpo então parou de falar, mas permaneceu ali, pelo visto disposto a responder mais uma pergunta.
Quando Sven finalmente parecia se convencer de que tudo aquilo era uma bobagem, a fumaça que envolvia o cadáver foi sugada pela boca e pelo nariz de Bedlar e ele pareceu ganhar vida por um tempo, mas o soldado notou que aquilo não era nada parecido com a vida que seu sargento tinha antes.
O corpo começou a falar, sua voz era monótona e sem emoção, apenas descreveu o que havia sido perguntado. Contou o que seu corpo fez ao sair da sala do capitão, quando foi para a cozinha, conversou com o cozinheiro.
- ... então eu fiquei ali, parado por algum tempo com as batatas nas mãos, apenas parado e depois de um tempo cortei meus pulsos com a faca e eu tombei no chão, para não me mexer novamente - e relatou tudo isso como se não fosse realmente com ele, era somente a magia agindo sobre o corpo de Bedlar.
- Apenas pouco tempo se passou quando alguém veio e se aproximou do meu corpo. Depois disso, apenas escuridão, e meu corpo foi carregado para algum canto da cozinha. A pessoa continuou ali, ela assumiu o trabalho que eu estava fazendo e depois de mais algum tempo o anão Sven apareceu e começou a conversar com a pessoa. Depois de mais algum tempo o anão saiu e essa pessoa veio até mim e a escuridão me carregou para outro lugar, fora dos muros da cidade.
- Depois de mais algum tempo, eu estava na casa do capitão e Syed também estava no quarto - o corpo então parou de falar, mas permaneceu ali, pelo visto disposto a responder mais uma pergunta.
Luke- Mensagens : 397
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Re: O Templo de Amaunator
- Você fez o quê? - respondeu Sven de imediato, ao ouvir o corpo do sargento dizendo que cortou os pulsos e deu um sobresalto quase xingando um palavrão ao perceber que deveria ter desperdiçado sua última pergunta.
"o anão Sven apareceu e começou a conversar com a pessoa", as palavras fizeram Sven lembrar de prontidão do comportamento estranho do capitão e de suas palavras. "Tolo", lembrou-se, meneando a cabeça negativamente. O capitão jamais havia usado aquela palavra para com Sven e nenhum de seus soldados. "Achei que fosse apenas depressão. Eu deveria saber", pensou consigo.
Um som estalado pôde ser ouvido no templo quando a mão de Sven esbofeteou a cara do morto.
- Você era meu amigo! Meu melhor amigo! Eu admirava você! - gritou Sven, e suas palavras ecoaram pelo templo - Você não tinha o direito de fazer isso. De envergonhar a si mesmo, seus amigos, seu pai... - as últimas palavras foram diminuindo o tom e morrendo na boca do anão até que o mesmo terminou murmurando ao invés de gritando.
O anão então virou-se, uma lágrima escorreu pelo seu rosto, e caminhou em direção a saída do templo.
- Pycelle - falou, a meio caminho, mantendo um tom educado, apesar das circustâncias - Providencie o funeral do sargento, por favor, e avise ao capitão que nossos inimigos podem se transformar em qualquer um de nós. Não podemos confiar em ninguém. E se possível - continuou, com um tom envergonhado na voz - melhor dizendo, por favor, o sargento foi morto pela criatura que se transforma - o pedido foi quase uma súplica, e o anão saiu do templo logo em seguida, em direção ao estábulo.
"o anão Sven apareceu e começou a conversar com a pessoa", as palavras fizeram Sven lembrar de prontidão do comportamento estranho do capitão e de suas palavras. "Tolo", lembrou-se, meneando a cabeça negativamente. O capitão jamais havia usado aquela palavra para com Sven e nenhum de seus soldados. "Achei que fosse apenas depressão. Eu deveria saber", pensou consigo.
Um som estalado pôde ser ouvido no templo quando a mão de Sven esbofeteou a cara do morto.
- Você era meu amigo! Meu melhor amigo! Eu admirava você! - gritou Sven, e suas palavras ecoaram pelo templo - Você não tinha o direito de fazer isso. De envergonhar a si mesmo, seus amigos, seu pai... - as últimas palavras foram diminuindo o tom e morrendo na boca do anão até que o mesmo terminou murmurando ao invés de gritando.
O anão então virou-se, uma lágrima escorreu pelo seu rosto, e caminhou em direção a saída do templo.
- Pycelle - falou, a meio caminho, mantendo um tom educado, apesar das circustâncias - Providencie o funeral do sargento, por favor, e avise ao capitão que nossos inimigos podem se transformar em qualquer um de nós. Não podemos confiar em ninguém. E se possível - continuou, com um tom envergonhado na voz - melhor dizendo, por favor, o sargento foi morto pela criatura que se transforma - o pedido foi quase uma súplica, e o anão saiu do templo logo em seguida, em direção ao estábulo.
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
Baern sobressaltou-se pois a longa preparação pareceu suceder-se de atos tão rápidos que nem teve tempo de reagir ao que quer que fosse.
"O infeliz se matou?" pensou consigo. "Que morte estúpida para um soldado."
antes que pudesse então comentar ou falar mais alguma coisa o anão estava saindo. Parecia chorar e Baern, como bom anão sabia que algo muito forte estava se passando com Sven.
O Sacerdorte acenou com a cabeça para os outros enquanto seguia Sven até a saída. Em parte interessado na história da criatura que copia as formas de outros, mas na maior parte, interessado por sentir-se incomodado com a tristeza de outro anão. E querer ajudá-lo.
- Se antes pôde recusar, agora te convoco a uma bebida. Antes que vá a qualquer lugar, deixe que o aroma do álcool oriente seus sentidos. Seja para o bem ou para o mal. Por minha conta, aceitas?
"O infeliz se matou?" pensou consigo. "Que morte estúpida para um soldado."
antes que pudesse então comentar ou falar mais alguma coisa o anão estava saindo. Parecia chorar e Baern, como bom anão sabia que algo muito forte estava se passando com Sven.
O Sacerdorte acenou com a cabeça para os outros enquanto seguia Sven até a saída. Em parte interessado na história da criatura que copia as formas de outros, mas na maior parte, interessado por sentir-se incomodado com a tristeza de outro anão. E querer ajudá-lo.
- Se antes pôde recusar, agora te convoco a uma bebida. Antes que vá a qualquer lugar, deixe que o aroma do álcool oriente seus sentidos. Seja para o bem ou para o mal. Por minha conta, aceitas?
Dreamer- Mensagens : 293
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Re: O Templo de Amaunator
Quando o anão perguntou ao corpo o que ele tinha feito, o encantamento entendeu aquilo como uma nova pergunta. Bedlar começou o mesmo relato novamente, até que Sven deu um tapa na cara do morto enquanto ele falava, aquilo interrompeu o ritual de imediato e a fumaça que preenchia aquele corpo vazio escapou por sua boca e ouvidos.
- Sim, compreendo - disse Pycelle, ainda surpreendido pelas ações do anão. - Vocês dois, cuidem do corpo, ainda tenho mais algumas horas para descansar depois de tal... evento - e então foi se recolher.
- Sim, compreendo - disse Pycelle, ainda surpreendido pelas ações do anão. - Vocês dois, cuidem do corpo, ainda tenho mais algumas horas para descansar depois de tal... evento - e então foi se recolher.
Luke- Mensagens : 397
Data de inscrição : 30/03/2010
Re: O Templo de Amaunator
- Não desta vez - respondeu ao convite do anão tatuado, sem perceber que, pela primeira vez na vida, estava recusando uma bebida. Não virou-se para respondê-lo, apenas continuou andando e fez um gesto com a mão para que o estranho fosse embora - não desta vez... - reforçou.
Caminhou até onde deveria encontrar Syed e Saya e pensou que ainda deveriam faltar algumas horas até que os dois acordassem. Não havia dormido e sabia que não conseguiria dormir mais a esta altura. Riu de si mesmo quando percebeu que havia recusado um convite ao álcool e que aquilo poderia colocá-lo para dormir mas, estranhamente, não estava com a mínima vontade de encher a cara naquela noite. Simplesmente sentou-se, recostando-se na madeira, abraçou o machado e ficou parado, olhando as estrelas.
Caminhou até onde deveria encontrar Syed e Saya e pensou que ainda deveriam faltar algumas horas até que os dois acordassem. Não havia dormido e sabia que não conseguiria dormir mais a esta altura. Riu de si mesmo quando percebeu que havia recusado um convite ao álcool e que aquilo poderia colocá-lo para dormir mas, estranhamente, não estava com a mínima vontade de encher a cara naquela noite. Simplesmente sentou-se, recostando-se na madeira, abraçou o machado e ficou parado, olhando as estrelas.
Sven- Mensagens : 172
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Re: O Templo de Amaunator
Baern desistiu de insistir com o unico anão que encontrara após anos de peregrinação. Tentara mesmo ajudá-lo, mas nada conseguiu. Restava-lhe, ao que parecia, mais um dia de oração na cidade e então seguir seu caminho ao norte.
Dreamer- Mensagens : 293
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